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Briga entre Moro e Maia seria razão da operação contra Michel Temer

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Briga entre Moro e Maia seria razão da operação contra Michel Temer
Sérgio Moro e Rodrigo Maia (Imagem: Isaac Amorim | ABr)

Jornal GGN

A operação da Lava Jato no Rio de Janeiro que prendeu, nesta quinta (21), Michel Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco, entre outros nomes ligados à cúpula do MDB, ocorre paralelamente à briga entre Sergio Moro – colega do juiz Marcelo Bretas – e Rodrigo Maia – genro de Moreira Franco – por causa do pacote anticrime apresentado à Câmara.

Na noite anterior ao cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão pela PF, Moro e Maia intensificaram a troca de farpas publicamente. O presidente da Câmara disse à imprensa que o ministro da Justiça está extrapolando sua competência ao se comportar como presidente da República e exigir que a Câmara discuta seu pacote de mudanças na legislação penal.

A mensagem desagradou Moro, que usou o Instagram da esposa, Rosangela Moro, para divulgar uma nota oficial, na noite de quarta (20), insinuando que os deputados fazem corpo mole em relação ao pacote anticrime e que o País já não aguenta mais empurrar corrupção para debaixo do tapete.

O mandado de prisão contra o sogro de Maia e outros emedebistas foi emitido por Bretas em 19 de março. Na véspera, a imprensa noticiava que o presidente da Câmara desacelerou a tramitação do pacote anticrime criando um grupo especial que deverá debater as propostas por pelo menos 90 dias. Somente depois disso é que o projeto será enviado para uma das comissões permanentes da Casa.

Saiba mais: A reconstrução dos fatos até a prisão de Michel Temer

Na visão de Moro, o Congresso deve tocar o pacote anticrime e a Reforma da Previdência ao mesmo tempo. Maia, para quem Moro não tem poder de decisão sobre os trabalhos da Câmara, também alegou que a nova previdência é a prioridade.

Lava Jato na parede

Além disso, a operação que leva à prisão mais um ex-presidente da República ocorre no momento em que a Lava Jato está sob forte pressão. O Supremo Tribunal Federal julgou, recentemente, que caixa 2 deve ser julgado pela Justiça Eleitoral, esvaziando denúncias construídas pelos procuradores que atuam na operação. Além disso, a turma de Deltan Dallagnol entrou na mira do STF por causa do fundo bilionário construído com R$ 2,5 bilhões da Petrobras.

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Rodrigo Maia critica Moro: “confunde as bolas” e “plagiou projeto anticrime”

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Rodrigo Maia critica Moro confunde as bolas plagiou projeto anticrime
Sérgio Moro e Rodrigo Maia (Imagens: Marcelo Camargo | ABr e Luis Macedo | Câmara)

Débora Álvares, Congresso em Foco

Entre recados, entrevistas e mensagens, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Justiça, Sérgio Moro, protagonizaram um bate-boca em torno do pacote de segurança enviado ao Congresso. De início, sobre a tramitação do texto, que deve ficar só para depois da reforma da Previdência. No fim, o debate quase tocou questões pessoais.

O embate teve início com a decisão de Rodrigo Maia de formar um grupo de trabalho, com prazo de 90 dias, para analisar o projeto de lei anticrime que Sérgio Moro enviou ao Congresso. Lá serão debatidas também outras duas propostas já existentes na Casa. O ministro da Justiça cobrou o presidente da Câmara da decisão em mensagem enviada ao próprio na madrugada terça (19) para quarta (20). E foi respondido com rispidez: Maia exigiu respeito pelo cargo que ocupa.

A discussão tomou proporções públicas na manhã dessa quarta (20), quando Moro afirmou, em recado a Maia, não ver problemas em o pacote anticrime tramitar ao lado da PEC da Previdência. “Na minha avaliação, isso pode tramitar em conjunto. Não vemos maiores problemas. O desejo do governo é que isso desde logo fosse encaminhado às comissões para debate”, afirmou ao participar da abertura dos trabalhos da Frente Parlamentar de Segurança Pública da Câmara.

A resposta veio quando Maia retornou de um compromisso à Câmara, no início da noite: “O funcionário do presidente [Jair] Bolsonaro? Ele conversa com o presidente Bolsonaro e se o presidente Bolsonaro quiser ele conversar comigo”, disse Maia, referindo-se a Mouro, e continuou: “Eu fiz aquilo que eu acho correto. O projeto é importante, aliás, ele está copiando o projeto direto do ministro Alexandre de Moraes. É um copia e cola. Não tem nenhuma novidade, poucas novidades no projeto dele”.

Por mais de uma vez quando questionado sobre o assunto ao longo do dia, Maia afirmou que Moro “não sabe fazer política”. Ao deixar a Câmara, na noite de quarta, disparou em tom irônico: “É novo na política, estou tentando ajudá-lo“.

Eu sou presidente da Câmara, ele é ministro funcionário do presidente Bolsonaro. O presidente Bolsonaro é quem tem que dialogar comigo. Ele está confundindo as bolas, ele não é presidente da República, ele não foi eleito para isso. Está ficando uma situação ruim para ele. Ele está passando daquilo que é a responsabilidade dele. Ele nunca me convidou para perguntar se eu achava que a estrutura do ministério estava correta, se os nomes que ele estava indicando estavam corretos”, afirmou Maia em um dos momentos do dia ao ser abordado por jornalistas.

Em resposta às declarações de Maia, o ministro Sérgio Moro falou em “respeito e cordialidade” e disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que “talvez alguns entendam que o projeto pode ser adiado indefinidamente, mas o povo brasileiro não aguenta mais”.

Veja a íntegra da nota enviada pela assessoria do Ministério da Justiça:

Sobre as declarações do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, esclareço que apresentei, em nome do Governo do presidente Jair Bolsonaro, um projeto de lei inovador e amplo contra crime organizado, contra crimes violentos e corrupção, flagelos contra o povo brasileiro. A única expectativa que tenho, atendendo aos anseios da sociedade contra o crime, é que o projeto tramite regularmente e seja debatido e aprimorado pelo Congresso Nacional com a urgência que o caso requer. Talvez alguns entendam que o combate ao crime pode ser adiado indefinidamente, mas o povo brasileiro não aguenta mais. Essas questões sempre foram tratadas com respeito e cordialidade com o Presidente da Câmara, e espero que o mesmo possa ocorrer com o projeto e com quem o propôs. Não por questões pessoais, mas por respeito ao cargo e ao amplo desejo do povo brasileiro de viver em um país menos corrupto e mais seguro. Que Deus abençoe essa grande nação”.

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A reconstrução dos fatos até a prisão de Michel Temer

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reconstrução dos fatos até a prisão de Michel Temer
Michel Temer tirando a Faixa Presidencial (Imagem: Marcelo Camargo | ABr)

Ricardo Cappelli, Jornal GGN

Circula nos bastidores que o juiz Marcelo Bretas pode ser candidato à prefeitura do Rio em 2020. Após Moro abandonar a carreira, o magistrado carioca parece estar com sede de assumir a liderança da operação pelo judiciário.

Claro que isso não tem nenhuma relação com a espetacular prisão preventiva de Temer, sem julgamento, sem condenação ou trânsito em julgado, nem mesmo em segunda instância.

Vamos reconstituir os fatos:

A Lava Jato sofre uma grande derrota no STF, que decide tirar das mãos da “Operação” e enviar para a justiça eleitoral os inquéritos relacionados aos fatos envolvendo a prática de caixa dois.

Saiba mais: Moro muda de opinião e diz que “caixa 2 não tem mesma gravidade de corrupção”

Enlouquecido, Deltan Dallagnol desfere ataques virtuais contra membros da corte, estimulando uma onda de milícias digitais que atuam no submundo da internet difamando e destruindo reputações. Alguns chegam a fazer ameaças físicas.

Como o STF reage? Sob protesto da ala “neoiluminista” e “neopositivista” da corte, aliada da “República de Curitiba”, o presidente Dias Toffoli abre inquérito para apurar as origens do ataque. Quem estimula? Quem financia? Quem está por trás da desestabilização das instituições? Serão encontradas “pegadas” de Curitiba?

A Ordem dos Advogados do Brasil se pronuncia na defesa do inquérito e das instituições.

O “ex-todo-poderosoSérgio Moro vê o presidente da Câmara criar uma comissão com sete membros para avaliar seu projeto de combate ao crime organizado por 90 dias. Na prática, joga sua apreciação para o segundo semestre.

O Ministro da Justiça reage indignado e passa a provocar Maia, que responde chamando-o de “funcionário de Bolsonaro”, “que ele está trocando as bolas”, e fazendo pouco caso de seu projeto dizendo que ele é “um copia e cola” dos projetos apresentados pelo ex-ministro da justiça Alexandre de Moraes.

Leia também: Sergio Moro acusa o golpe e menciona ‘Deus’ em resposta a Rodrigo Maia

Qualquer recém-nascido com mais de cinco quilos filho de um esquimó da Antártida consegue perceber que é o pior momento vivido pela Lava Jato. Some a isso que Bolsonaro enfrenta uma queda de 15 pontos percentuais de popularidade em apenas 60 dias, um recorde histórico.

Está clara a necessidade de reagir? E a reação veio. Por coincidência, claro, sai da manga a prisão de Temer e de Moreira, por outra coincidência, sogro do “Botafogo”.

Quem está comemorando a reação da “Operação”?

Eleitores de Bolsonaro que desviam o foco do problema central, a falta de projeto para retomada do crescimento no Brasil, e políticos oportunistas e perdidos da esquerda que, numa postura esquizofrênica, condenam ou comemoram as prisões ilegais, dependendo da filiação do preso.

A Lava Jato é um projeto de poder. Utiliza-se, em alguns casos, de problemas reais de nossa jovem democracia para, rasgando o Estado Democrático de Direito, pavimentar seu caminho para o poder.

A corrupção precisa ser enfrentada, claro. Mas vem sendo usada como pretexto para rasgar a constituição de 88 e implantar no país um estado de exceção. O alvo não é o fim da corrupção. A seleção dos presos é demonstração cabal disso. O que eles buscam é o poder.

Quem não entender isso não vai entender nada do que está acontecendo no Brasil.

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Carlos Bolsonaro entra na briga entre Moro e Maia e provoca crise no governo

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Carlos Bolsonaro entra na briga entre Moro e Maia e provoca crise no governo

Thais Reis Oliveira, CartaCapital

A crise entre Sérgio Moro e Rodrigo Maia ganhou um novo personagem. O presidente da Câmara não está nada satisfeito com o trato dos aliados do governo. E ameaça abandonar a frente das articulações sobre a Reforma da Previdência. O estopim da decisão, segundo interlocutores, são as declarações virtuais de Carlos Bolsonaro.
O motivo da briga é a pressa do ministro em aprovar o pacote anticrime. Maia não gostou da pressão e o chamou de “funcionário de Bolsonaro”, além de dizer que seu projeto era um “copia e cola”. Na tréplica, Moro sugeriu que há no Congresso quem ache “que o combate ao crime possa ser postergado indefinidamente”. E a prisão de Michel Temer e de Moreira Franco, sogro de Maia, jogou ainda mais lenha na fogueira.

A confusão começou na quinta-feira 21. Carlos compartilhara um trecho da tréplica de Sérgio Moro às declarações de Maia sobre o pacote anticrime. “Há algo bem errado que não está certo”, escreveu o vereador.

No Instagram, Carlos lançou uma dúvida: “Por que o presidente da Câmara está tão nervoso?”.

 

Visualizar esta foto no Instagram.

 

Por que o Presidente da Câmara anda tão nervoso?

Uma publicação compartilhada por Carlos Bolsonaro🇧🇷 (@carlosbolsonaro) em

Os posts entraram no ar pouco antes das 11 da manhã. Minutos depois, por volta das 11h20, Maia compartilhou em seu perfil um post do deputado Domingos Neto (PSD), em clara referência aos bolsonaristas.

Disse Neto: “Não é uma estratégia inteligente de parte da militância do Presidente da República em hostilizar o Presidente Rodrigo Maia. Todos percebem que o Rodrigo é o maior articulador da reforma, e a turma do propositor dela ataca seu maior defensor… Inacreditável”.

A troca de farpas virtual desembocou em uma crise no governo. Segundo reportagem do Estadão, Maia avisou Paulo Guedes que abrirá mão de contribuir para articulação da reforma. “Eu sou a boa política, e não a velha política. Mas se acham que sou a velha, estou fora”, teria dito.

Carlos é um dos maiores agitadores da militância pró-Bolsonaro nas redes sociais. Há indícios de que é ele quem tuita pelo pai. Na noite de ontem, o perfil de Jair Bolsonaro compartilhou um post sobre a Câmara de Vereadores do Rio, onde o filho cumpre mandato. Apagou e, em seguida, Carlos publicou o mesmo post nos próprios perfis. Coincidência?

No início da tarde desta sexta, após a repercussão dos rumores. Maia contemporizou nas redes sociais. Em resposta a uma crítica de Janaína Paschoal, escreveu um recado breve: “Nunca vou deixar de defender a Reforma da Previdência”.

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Clínica do pessimismo da razão e do otimismo da vontade

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Doutor: Ficha trinta e sete! Pode sentar. Qual é o problema?

Paciente 37: Um desânimo só, veja: sinto-me atada, não sei o que fazer, não sei para aonde ir, estou desesperada.

Dr: A senhora vai fazer o seguinte: de manhã, logo que acordar, ainda em jejum, vai ler “O que fazer?” do Lenin. Tome, pode levar este exemplar. Se após a leitura você quiser botar fogo na casa do vizinho rico ou fugir para o mato, tudo bem, o esquerdismo faz parte do processo. Releia a obra e, à tardinha, quando o bom-senso voltar, vá até este endereço ouvindo nos fones de ouvido “El Pueblo Unido”, de Inti Illimani. Alguma dúvida?

Pcte 37: Mas, doutor, não duvidando do senhor, a minha vizinha tinha o mesmo problema que eu e o médico receitou uns comprimidinhos.

Dr: Minha senhora, a minha escola é ortodoxa. Você sofre de um problema muito comum chamado capitalismo. Já vi inúmeras intoxicações por esse gênero. Só sara com formações, organização e revolução. Quando sair chame a próxima ficha.

Pcte 38: É a raiva, doutor. Tá me comendo por uma perna. Será que não entendem que independentemente de qualquer característica específica, nós somos a divina comédia. Somos bestas e estamos condenados a trabalhar toda a vida por manter magamos de além mar. Não há o que fazer, estamos condenados.

Dr: Tome esta crítica ao pós-modernismo da Maria Lygia e leia-a de doze em doze horas, durante três dias. Após isso, sempre ao som de “Maria, Maria”, do Bituca, leia este manifesto. Na contra-capa tem um número de telefone. Ligue para ele se sentir a necessidade de organizar a raiva.

Pcte 39: O pessoal tá dizendo que eu tô atado. Que o cavalo já passou encilhado várias vezes e eu não montei. É que eu tô esperando a hora certa. Compreende?

Dr: Sim entendo. Suor. Jorge Amado. Quarenta!

Pcte 40: Trago uma forte amargura dos encontros perdidos, doutor. E outra vez me perdi no fundo dos meus sentidos. Não acredito mais em sonhos e mais nada.

Dr: Em sequência, ouça “Ainda há tempo”, assista “Linha de passe” e “O prisioneiro da grade de ferro”. É um tratamento de choque. Mas, se o senhor sobreviver, ligue para esta organização. Seguinte!

Pcte 41: Ai, doutor, o que eu queria, mesmo, era me conhecer melhor por dentro. Sabe? Tipo assim uma análise. Pelo que eu li podia ser Lacaniana.

Dr: Lacaniana? Somos gente séria, minha cara. Depois do almoço, durma uma sonequinha e, quando acordar, ouça “Preciso me encontrar”. Leve este exemplar do “Socialismo o muerte” do William Yohai e leia-o após ouvir o Cartola. A próxima ficha que já fique de pé do lado da porta pra gente agilizar isso aqui, gente! Tem gente me esperando na outra clínica, gente!

Pcte 42: Tô preso aqui nessa cidade, doutor. Estudei tanto e continuo nessa província de merda.

Dr: Sei. Pegue esta passagem para Sampa e leia no caminho o “Mini-manual do guerrilheiro urbano”. Toma, pode levar este exemplar. Quando chegar na metrópole, ligue para o número que anotei na sobre-capa.

Pcte: Qual é o meu caso? É não me encontrar. Não percebo, nem sinto.

Dr: “Caçador de mim” de doze em doze horas. Próximo!

Pcte 44: Longe se vai sonhando demais, mas aonde se chega assim, doutor?

Dr: Você nada tem a temer. Nada a fazer senão esquecer o medo. Só aqueles que conseguem aguentar o calor e a pressão têm a chance, enfim, de abrir o peito a força, numa procura, e fugir às armadilhas da mata escura. Alexandra Kollontai de oito em oito horas. O filme Olga depois das refeições. Quarenta e cinto!

Pcte 45: Doutor, o que houve? Parece pálido!

O doutor retira um pequeno revólver do bolso e, mirando-o debaixo da mesa, atira no paciente, espalhando sangue por todo o consultório. Da porta da salinha, ele grita:

Dr: Alguém por favor traga algo para eu limpar essa porra toda. O desgraçado do P2 sujou tudo aqui.

 

* João Elter Borges Miranda é professor de história. Email: recapiari636@gmail.com

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“Bolsonaro é incompetente e preguiçoso”, diz líder da oposição na Câmara

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Bolsonaro é incompetente e preguiçoso líder Câmara Molon
Alessandro Lucciola Molon (Imagem: Sérgio Francês | PSB)

Edson Sardinha, Congresso em Foco

A oposição vai elevar o tom das cobranças sobre o governo Jair Bolsonaro. O bloco formado por partido de esquerdas na Câmara pretende bombardear o ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência na Câmara nesta terça-feira (26), com questionamentos sobre os cálculos utilizados por ele para embasar a reforma da Previdência. Vai aproveitar também a semana para reforçar o discurso do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que o Brasil está desgovernado. “Oposição tem, não tem é governo”, diz o líder oposicionista na Casa, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), ao Congresso em Foco.

Molon acusa Bolsonaro de tentar transferir a responsabilidade por sua incapacidade de liderar para Maia e o Congresso como um todo.

Bolsonaro é incompetente e preguiçoso. Era um deputado que dormia no canto do plenário. Não se deu conta de que a atitude dele agora tem de mudar, porque ele precisa dirigir o país. Mas não tem disposição nem capacidade para isso”, critica o deputado.

No fim de semana, Bolsonaro e Maia trocaram críticas por meio da imprensa. O presidente da Câmara disse que não há governo, que a atual gestão é um “deserto de ideias” e que trabalhou contra sua reeleição. E, agora, segundo ele, joga toda a responsabilidade pela aprovação da reforma em suas costas. O presidente da República retrucou: disse que não deu motivo para insatisfação, tentou associar o deputado à “velha política” e sugeriu que ele estava nervoso por causa da prisão do ex-ministro Moreira Franco, padrasto de sua esposa. Afirmou ainda que já cumpriu seu papel ao mandar a proposta ao Congresso.

Indisposição calculada

Alessandro Molon dá razão ao presidente da Câmara e diz que todos os parlamentares precisam defender o Congresso. Segundo ele, Bolsonaro faz de tudo para se indispor com o Legislativo para se eximir de responsabilidade.

O presidente não fez o papel dele, que não se esgota em mandar a proposta para o Parlamento. Ele tem de construir consensos fazer ajustes no texto, negociar mudanças, convencer o Congresso da conveniência”, afirma. “Bolsonaro faz uma campanha para desacreditar o Congresso Nacional e lançar sobre ele todo o peso de sua incapacidade. O presidente não tem atitude”, acrescenta.

O líder da oposição defende que Bolsonaro faça política. “Isso não se confunde com troca de cargos e vantagens. É muito maior que ceder vantagens. É ter capacidade de apresentar argumentos convincentes, mostrar para o Brasil que essa é melhor saída, construir uma base e reunir parlamentares em torno de sua proposta. Como não consegue fazer isso, ele transfere para o Congresso sua incapacidade”, critica.

Na avaliação do líder oposicionista, a paralisia legislativa não se deve a qualquer estratégia regimental da oposição, mas à falta de ideias e articulação do próprio governo. “A obstrução vem do governo, que não consegue fazer um projeto para o país. O Brasil está parado, as pessoas estão desempregadas, a educação e a saúde estão abandonadas. Bolsonaro não tem proposta concreta. É um desastre”, considera. “Ele está mal acostumado, porque se elegeu sem participar de debate. Mas agora tem de debater as propostas de governo”, cobra.

Missão de paz

Por isso, afirma Molon, a oposição vai aproveitar a presença do ministro da Economia na Comissão de Constituição (CCJ), nesta terça-feira, para questionar a reforma da Previdência. “Estaremos lá desde a primeira hora. Esperamos que ele traga os números que usou para justificar a reforma. Até hoje o ministro não tornou esses números públicos”, reclama o deputado.

Além da CCJ da Câmara, outras duas comissões do Senado aguardam pela presença do ministro nesta semana – a de Assuntos Econômicos (CAE) e a de Direitos Humanos e Legislação Participativa – para debater a reforma da Previdência. Essa audiência, marcada para quarta, será em reunião conjunta dos dois colegiados.

Os momentos de maior tensão, porém, são aguardados na Câmara. Desde a semana passada deputados do chamado Centrão (grupo encabeçado pelo DEM, o PRB, o PR, o PP e o Solidariedade) ameaçam esvaziar a audiência em protesto, segundo eles, ao tratamento dispensado pelo governo aos parlamentares, seja na demora na distribuição dos cargos, seja no tratamento dispensado pelos ministros. A Casa Civil promete destravar a liberação dos cargos ainda nesta semana.

Grande parte dos deputados também se irritou com o projeto de reforma da Previdência e reestruturação da carreira dos militares, enviado na última quarta (20) com regras mais generosas do que as previstas para o restante da população. A economia, que deveria girar na casa dos R$ 90 bilhões pelos próximos dez anos, caiu para R$ 10 bilhões, com as mudanças nas carreiras.

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Apenas 6 deputados tentaram impedir maior derrota do governo na Câmara

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votação pec do orçamento
Votação de proposta pegou o governo de surpresa

Em votação avassaladora, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) sofreu nesta terça-feira (26) a mais dura derrota na Câmara Federal até agora.

Em votação relâmpago, os deputados aprovaram em dois turnos a proposta de emenda constitucional que retira do governo poder sobre o Orçamento. A manobra foi encarada como uma demonstração pessoal de poder de Rodrigo Maia (DEM), presidente da casa.

A PEC do Orçamento impositivo estava parada na Câmara desde 2015. O texto não estava nem previsto para a pauta do plenário da Casa até a manhã de ontem.

A PEC torna o Orçamento mais engessado, pois classifica como obrigatório o pagamento de despesas que hoje podem ser adiadas, principalmente investimentos.

Segundo técnicos da Câmara, se a proposta for promulgada, de um Orçamento total de R$ 1,4 trilhão, o Executivo teria margem de manobra em apenas R$ 45 bilhões das despesas.

PSL envergonhado

Para evitar que a votação fosse caracterizada como uma derrota acachapante e após perceber que perderia por ampla maioria, o próprio PSL de Jair Bolsonaro optou por orientar os seus deputados a votarem a favor da PEC.

Apenas seis parlamentares da base votaram com o governo, entre elas Joice Hasselmann (PSL). Além dela, também tentaram impedir a aprovação da PEC os deputados Bia Kicis (DF) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP), ambos do PSL, Paulo Ganine (RJ) e Tiago Mitraud (MG), os dois do Novo, e o tucano Pedro Cunha Lima (PB). A PEC foi aprovada por 453 votos a 6, no segundo turno.

Rodrigo Maia enviou uma mensagem de agradecimento aos deputados após o resultado da votação: “Muito obrigado”.

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Joice amarela após trocar farpas com Kim Kataguiri nas redes sociais

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Joice Hasselmann e Kim Kataguiri
Joice Hasselmann e Kim Kataguiri

No último domingo (24), a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), trocou ofensas com o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) pelo Twitter.

“Cara de pau”, “oportunista”, “moleque” e “pega a chupeta e vai nanar neném” foram algumas das expressões utilizadas no bate-boca virtual. Joice não gostou do comentário em que o colega cobrava coerência do PSL em relação ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Não seja mais oportunista que a média de sempre, Kim. Você não fala pelo PSL nacional. O partido em nenhum momento fez a afirmação citada por você. Honestidade pelo menos com seu seguidor faz bem. Nosso partido segue com o mesmo objetivo: aprovar a reforma da Previdência”, esbravejou a deputada.

“Tem de ser muito cara de pau para falar em oportunismo. Dizia que Maia era o demônio na Terra, arqui-inimigo da Lava Jato, o símbolo-mor da corrupção. Depois de eleita, passou a ser Maia desde criancinha. Tenha dó. Quer seguir o Carluxo [Carlos Bolsonaro, filho do presidente] e afundar o governo no Twitter também?”, respondeu Kataguiri.

“Kim, você está realmente o que sempre foi: um moleque. Só isso e mais nada. Biruta de aeroporto. Seus comportamentos em relação ao Jair Bolsonaro no 1º e 2º turnos da eleição mostra bem isso. Pega a chupeta e vai nanar, neném, deixa os adultos trabalharem”, devolveu. O deputado é o segundo mais jovem da Casa, com 23 anos.

Nesta quinta-feira (28), Joice Hasselmann amarelou e afirmou que as mensagens contra Kim Kataguiri foram escritas por sua assessoria — e não por ela. Joice comunicou aos deputados que fez mudanças em sua equipe. E que, a partir de agora, apenas ela administrará diretamente as redes sociais.

A ‘amarelada’ de Joice repercutiu nas redes sociais. “No caso dos plágios, Joice culpou os estagiários. Agora, culpa a assessoria. É uma farsa ambulante em um governo de arregões”, escreveu um internauta.

Saiba mais sobre os plágios de Joice Hasselmann AQUI.

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Espaço público em Paris será batizado com o nome de Marielle Franco

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Foi aprovado nesta segunda (1) pelo Conselho Municipal de Paris a intenção de dar a um espaço público da cidade o nome de Marielle Franco, homenagem a vereadora do PSOL-RJ que foi assassinada em 14 de março de 2018 no centro do Rio. O anúncio foi feito pela prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo.

O local que homenageará a vereadora ainda não foi definido, podendo ser uma rua, praça ou passarela. No Twitter, a prefeita comemorou a aprovação da proposta.

“Os representantes eleitos parisienses aprovaram esta manhã a proposta que lhes apresentei com a minha equipe: um lugar em Paris levará o nome de Marielle Franco, ativista dos direitos humanos, eleita do Rio de Janeiro, assassinada em março de 2018.”

Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros. Duas pessoas foram presas suspeitas de terem matado Marielle e Anderson: o PM reformado Ronnie Lessa – denunciado por ter efetuado os disparos – e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, que dirigiu o carro na noite do crime. Mas, ainda não se sabe quem mandou matá-los.

*João Elter Borges Miranda é professor de história. Email: recapiari636@gmail.com

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Em 2012, pai de presidente da CCJ chamou deputado de “tigrão” e “tchutchuca”

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Paulo Guedes tchutchuca
Felipe Francischini e Paulo Guedes (Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

por Leandro Fortes, via Facebook

REPRISE

A notícia é de 2012 e quem me lembrou foi o meu amigo Áureo Germano, jornalista de ótima memória: durante uma sessão da CPI do Cachoeira – o bicheiro goiano que controlava parte da mídia nacional –, o então deputado federal Fernando Francischini, à época, no PSDB do Paraná, chamou o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), de “tigrão” e “tchutchuca” (relembre aqui).

Francischini, atual deputado estadual do Paraná pelo PSL, assim se referiu ao colega petista porque o parlamentar insistia em questionar o bicheiro sobre as ligações dele com o então governador de Goiás, Marcone Perillo, também tucano.

“Quando o relator faz perguntas sobre a Delta [empreiteira ligada a Cachoeira] nacional e o governador Agnelo [ex-governador petista do DF], ele é tchutchuca. Quando pergunta sobre o governador Perillo, ele é tigrão”, disparou Francischini.

Quis o destino que, justo agora, fosse o deputado Felipe Francischini (PSL), filho de Francisco, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, palco desse curioso replay de atores invertidos.

SAIBA MAIS: Paulo Guedes se irrita após ser chamado de Tchutchuca

Mas por que, então, Odair Cunha, um parlamentar apagado que arregou no relatório final, ao contrário de Paulo Guedes, não entrou para o folclore político com o apelido eterno de “Tchutchuca”?

Porque malandro é malandro e mané é mané.

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Alexandre Frota ataca Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil

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Alexandre Frota Onyx Lorenzoni ministro da Casa Civil
Alexandre Frota, deputado federal pelo PSL/SP (Imagem: Michel Jesus | Câmara dos Deputados)

Samanta do Carmo, Congresso em Foco

O deputado Alexandre Frota (PSL-SP) criticou nesta quinta-feira (4) o que considera falta de atenção do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), no diálogo com os parlamentares. Membro do partido do presidente Jair Bolsonaro, Frota afirmou em plenário que a cultura no país está “anestesiada” por falta de ação do ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB). O ministro, segundo Frota, estaria mantendo na pasta quadros ligados ao seu partido.

Vamos acordar, sai da Casa Civil, Onyx, não podemos ficar só com reuniões, ou então talvez a gente tenha de torcer para o Internacional para [você] poder receber os deputados e fazer com que os deputados se sintam respeitados aqui dentro“, disse. O Congresso em Foco entrou em contato com os ministros para repercutir as críticas e aguarda retorno.

O parlamentar afirmou que Terra e seu secretário especial de cultura, Henrique Pires, ‘estão dormindo’ e que a cultura no país, em especial o cinema, está sem rumo.

O mercado cultural está parado, sofrendo, sem saber o rumo a ser tomado. Isso prejudica o nosso governo e até agora não foi mostrado e apresentado um planejamento”, completou Frota.

No discurso, Frota diz que tentou ajudar na composição da equipe do ministério, mas Osmar Terra teria preferido manter a antiga equipe do MDB dentro do ministério. O parlamentar afirmou que deseja um governo “independente de partidos”.

Em janeiro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apontou Frota como um dos articuladores para estreitar sua relação com o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas desde então, o deputado tem se afastado da postura de apoiador do governo. No começo de março, escreveu em seu twitter que o presidente Jair Bolsonaro estava chateado com ele.

Hoje, depois de 4 anos de dedicação, recebi a informação que sou persona non grata no Governo Bolsonaro por eu defender a prisão do Queiroz, que confessou rachar os salários de funcionários e por ter perdido do afastamento do senador [Flávio Bolsonaro] para ele apenas se defender”. Recentemente, ele criticou também o ‘tratamento especial’ que estaria sendo dado ao militares na reforma da previdência.

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Bolsonaro é tão populista quanto Collor, revela estudo

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Fernando Collor e Jair Bolsonaro (Imagem: Marcos Brandão | Agência Senado)

Uma pesquisa feita pelo grupo Team Populism apontou que Jair Bolsonaro é o primeiro presidente populista do Brasil desde Fernando Collor de Mello. Para que um político receba essa definição, os pesquisadores fazem uma avaliação dos discursos feitos por ele. Na média, são analisados quatro discursos por mandato.

A equipe do Team Populism tem uma escala para definir quão populista é um líder, sendo a avaliação 2,0 “muito populista”, 1,5 “populista”, 1,0 “um pouco populista” e 0 para aqueles que não se encaixam nessa definição.

A definição de populismo é a separação da política entre o bem e o mal, na qual o bem é o povo e o mal é definido como um tipo de elite que trabalha contra os interesses do povo. Para os populistas, quem não está a favor do povo, está a favor da elite. Portanto está contra a população”, explica Bruno Castanho Silva, doutor em Ciência Política e um dos responsáveis pelo projeto.

Os discursos do venezuelano Hugo Chávez, para os pesquisadores, atingem 1,9 ponto na escala de populismo, o que faz de Chávez o líder mais populista estudado pelo grupo até agora. Atrás dele estão Nicolás Maduro, sucessor de Chávez na Venezuela, com 1,6 ponto; Recep Tayyip Erdoğan, da Turquia, com 1,5; Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, com 0,9; Silvio Berlusconi, ex-presidente do Conselho de Ministros da Itália, com 0,8; Donald Trump, presidente dos EUA, também com 0,8; Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia com 0,6; Jair Bolsonaro, do Brasil, com 0,5; e Tony Blair, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, com 0,1. A chanceler alemã Angela Merkel foi identificada como nada populista e não obteve nenhum ponto na escala.

Antes de Bolsonaro, o único presidente brasileiro a ter a mesma pontuação foi Collor, em 1989. “As semelhanças entre Bolsonaro e Collor estão, principalmente, na forma como eles falam contra a corrupção, criando a separação entre bem e mal para os eleitores. O Collor era o caçador de marajás e o Bolsonaro vem na esteira da Lava Jato”, diz.

Já os discursos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (0), Lula (0,25) nos dois mandatos, Dilma Rousseff (0) no primeiro mandato e Michel Temer (0) também foram avaliados. No segundo mandato de Dilma, antes do impeachment, ela chegou a 0,34 pontos. Getúlio Vargas, entendido como o presidente brasileiro mais populista para o estudo, marcou 1 ponto no primeiro período (1934-1945) e 0,92 durante o segundo (1951-1954).

Para Castanho, os governos petistas não foram tão populistas quanto o atual mandatário. “A diferença dos governos de Collor e Bolsonaro para os de Lula e Dilma, que não parecem populistas na nossa análise, é que, no discurso deles, não percebemos a pulverização da política como uma briga entre o bem e o mal”, diz.

Para os pesquisadores, uma onda de populismo tem tomado conta do mundo nos últimos cinco anos, desde a eleição de Trump nos Estados Unidos até a vitória de Bolsonaro no Brasil. Segundo o Team Populism, mais de dois bilhões de pessoas vivem em países liderados por populistas. Há 17 anos, 120 milhões de pessoas estavam sob esse tipo de governo.

Os motivos por trás desse crescimento, porém, variam de país para país. “O que observamos como principais razões para o fortalecimento do populismo são pontos como a insatisfação com a classe política, a democracia representativa e também em relação a como o sistema político e partidário funciona. As pessoas não se sentem representadas e acabam se voltando para outsiders e populistas que pretendem mudar ‘tudo que está aí’. No Brasil, por exemplo, a ascensão do populismo tem muito a ver com essa ideia”, afirma.

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Tamires Vitorio, Exame

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A garotada e o Bolsonaro

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Jair Messias Bolsonaro (Imagem: Marcos Corrêa | PR)

Delmar Bertuol*, Pragmatismo Político

Jair Bolsonaro, numa outra de suas comumentes bobagens, disse, a despeito da educação no Brasil, que não podemos despertar “na garotada” o interesse por política.

Nem vou falar sobre a Teoria Construtivista, de Piaget, aplicada nas melhores escolas (inclusive nas particulares e voltadas à elite, que vê o educando como protagonista do seu processo de aprendizagem. Logo, um protagonista do seu viver e na relação com o mundo.

Muito menos falarei do nosso principal intelectual, um dos autores mais citados em estudos científicos do Planeta todo, Paulo Freire, pra não ser chamado de marxista-esquerdopata-petista-lulista-comunista e, por último, nazista (já que Bolsonaro, contrariando inclusive os estudos alemães, garante que o partido de Hitler era de esquerda). Pra Freire (impossível não o citar), educar é um ato político, pois tudo o que o homem faz é político. Entender de política é saber “ler”, entender o mundo.

Vou me ater ao próprio amplo contexto em que Bolsonaro foi eleito. Sim, alguém que sem embasamento algum acha que o Nazismo foi um movimento de esquerda e que os jovens não podem se interessar por politica está no mais importante cargo do Brasil.

Mas, como dizia, o contexto.

Vários fatores levaram à eleição de Bolsonaro. Alguns subjetivos e outros concretos, como as fake news (ou a mamadeira de piroca e o kit gay já foram encontrados em alguma escola, por exemplo?).

Como fator subjetivo, um dos aspectos foi justamente o interesse pelos jovens em política. Mudança essa de difícil precisão de quando começou, mas que vem de pelo menos a popularização das redes sociais e os conseguintes movimentos de junho de 2013, em que a gurizada saiu às ruas para protestar. E tal movimento iniciou em Porto Alegre, contra o aumento das tarifas de ônibus daquela Capital. Estudantes (jovens!), articulados por partidos políticos (olha a política aí!), trancaram o trânsito da capital dos gaúchos em contrariedade ao iminente aumento. Depois, o movimento se espalhou pelo Brasil.

Exatamente. Por paradoxal que seja, a ascensão de Bolsonaro está relacionada com o aumento da politização dos jovens.

Leia aqui todos os textos de Delmar Bertuol

Tá certo que Bolsonaro defende medidas simplistas e propaga, direta ou indiretamente, preconceitos. Só que foram justamente essas “respostas” que atraíram os jovens, principalmente o principal pensamento simplista e comprovadamente sem eficácia, o armamento da população “de bem” (seja lá o que isso for). É que, de fato, a sensação de insegurança em que vivemos, enseja pensamentos imediatistas e desesperadores.

Mas ao propor que os jovens não possam, ou mesmo não precisam se interessar por política é defender um atraso de décadas.

Desde o Fora Collor que os jovens pareciam anestesiados com relação à política. E o próprio pensamento direitista (do qual discordo, mas é legítimo que exista) parecia constrangido de se exibir, se escudando em termos como praticidade, realidade e pragmatismo.

Hoje, não mais. Jovens assumidamente conservadores defendem também abertamente suas ideias. O patético fica por conta do tal “liberal na economia e conservador nos costumes”. Excetuando-se esse e outros pensamentos discriminatórios, as ideias liberais existem e podem, repito, serem defendidas.

Mas, para se defender qualquer que seja a posição, há que se ter uma posição! Há que se conhecer e se ter um embasamento.

Acho que nem à própria direita interessa uma geração alienada politicamente.

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*Delmar Bertuol é professor de história da rede municipal e estadual, escritor, autor de “Transbordo, Reminiscências da tua gestação, filha”

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“Governo Bolsonaro é incompetente e criminoso”, afirma Ciro Gomes

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Governo Bolsonaro incompetente criminoso Ciro Gomes Rio de Janeiro
Ciro Gomes em palestra no Rio de Janeiro (Imagem: Fernando | Instagram)

Sputnik

O ex-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), participou nesta segunda-feira de um evento que reuniu intelectuais e artistas do Rio de Janeiro, no Teatro Vanucci, na Gávea, para analisar os 100 dias do governo Bolsonaro.

Após fazer uma exposição com gráficos e dados sobre a situação econômica do país, Ciro Gomes comentou o posicionamento do atual governo brasileiro referente à política externa, tecendo duras críticas ao alinhamento do país com os EUA e Israel, principalmente.

Temos um mau governo, as perspectivas não são generosas, mas não gostaria de concluir sem fazer uma dura crítica ao posicionamento do governo. Porque se é honesto que a gente não cobre resultados tão precocemente, o posicionamento, este é criminoso“, disse o ex-ministro do governo Lula.

Vou tomar, por exemplo, a relação com os EUA. Bolsonaro foi à América do Norte, concedeu aos americanos a isenção de visto, violentando uma tradição brasileira que exige reciprocidade. O Sr. Jair Bolsonaro aceitou um apelo de uma cota de importação pelo Brasil de trigo subsidiado nos EUA de 750 mil toneladas. Isso vai dizimar a triticultura do sul do Brasil. O Sr. Jair Bolsonaro aceitou jogar o papel imundo de ‘big stick’, ou seja, de porrete, do esforço colonial dos americanos em direção à Venezuela“, destacou.

Ciro Gomes destacou que não aprova o regime venezuelano, mas ressaltou que “lançar o Brasil numa aventura bélica, em potencial, é simplesmente um crime“.

O político destacou ainda que o presidente Jair Bolsonaro aceitou, sem consultar ninguém, colocar um general brasileiro como vice-comandante das forças do comando sul americano, que, segundo ele, “são as forças encarregadas de garantir o exercício colonial deles e nos submeter como se um protetorado fôssemos“.

Isto tudo é uma questão de posicionamento. Sabe o que tomamos em troca? Nada. Qual é a explicação pra isso?“, criticou Ciro Gomes.

​O ex-candidato à Presidência da República também destacou a posição brasileira em relação ao Oriente Médio.

A mesma coisa na questão de Israel. O Brasil sempre cumpriu um papel importante na questão de mediar o conflito palestino com Israel. Éramos reconhecidos pelos dois lados como um país equilibrado, que se esforça nos aforamentos internacionais por uma cultura de paz, etc. E qual é a consequência prática disso? O Brasil passa a ser um país objeto de em eventual conflito judaico-palestino, e a linguagem é o terror“, completou.

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Major Olímpio sobre salário mínimo: “Governo vai tomar um cacete e pedir desculpas”

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Major Olímpio salário mínimo Governo cacete desculpas
Major Olimpio, senador pelo (PSL-SP) (Imagem: Roque de Sá | Agência Senado)

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Para o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), o governo Jair Bolsonarovai tomar um cacete” no Congresso devido a proposta que prevê a correção do salário mínimo a partir de 2020 apenas pela inflação, pondo fim à política de ganho real implementada durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o Major Olímpio, o governo não possui uma base parlamentar forte o bastante para conseguir levar a proposta adiante. “De verdade, o governo só tem mesmo a sua Geni, que é o partido do presidente. ‘Joga pedra na Geni, ela é boa de cuspir, ela dá pra qualquer um’“, acrescentou.

De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o parlamentar disse estar preocupado “politicamente” com a iniciativa do Planalto.

Dentro do novo debate, com a nova política, na prática, se o centrão se juntar à oposição, o governo já toma um tremendo cacete. E ainda neste momento, o governo vai tomar um cacete e pedir desculpas, senão trava de vez a Previdência“, avaliou.

Ao valor do salário mínimo, muitos custos estão atrelados, então, o governo está indo no limite do que entende possível. Mas a questão será muito polêmica, sem a certeza mesmo que hoje o governo consiga maioria“, ressaltou.

Difícil resolver uma pendenga destas. Tem tudo para ser rejeitada no Congresso esta proposta do mínimo“, completou em seguida.

Salário mínimo sem ganho real

O valor do salário mínimo proposto para 2020 pelo governo é de R$ 1.040. É o que está no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) entregue nesta segunda-feira (15) pela equipe econômica do governo. Atualmente o mínimo está em R$ 998.

Como previsto, o valor considera apenas a inflação sem estabelecer, contudo, um ganho real. O projeto da LDO também traz a expectativa do mínimo para 2021 (R$ 1.082), e 2022 (R$ 1.123).

Desde 2011, o cálculo para reajuste do salário mínimo leva em conta a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) somada ao percentual equivalente à taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB), de dois anos antes. A lei que determina que o cálculo seja feito dessa forma vence neste ano.

A mudança na correção do mínimo atende à política liberal do ministro da Economia, Paulo Guedes, que já deu inúmeras declarações em defesa da “desindexação” da economia. Significa eliminar a correção automática de preções e salários com base em indicadores passados.

A proposta enviada ao Congresso serve para indicar quais as prioridades do governo a serem colocadas na Lei Orçamentária Anual (LOA), que precisa ser enviada em agosto. A LDO já traz os principais indicadores e expectativas do governo para a economia do país.

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Prefeito de Nova York elogia museu por cancelar evento com Bolsonaro

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Prefeito de Nova York elogia museu por cancelar evento com Bolsonaro
Jair Messias Bolsonaro (Imagem: Alan Santos | PR)

Opera Mundi

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, voltou ao Twitter nesta terça-feira (16/04) para agradecer ao Museu Americano de História Natural o cancelamento do evento da Câmara de Comércio Brasil-EUA com o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que receberia no local o prêmio de “homem do ano“. De Blasio chamou Bolsonaro de “homem perigoso“.

Jair Bolsonaro é um homem perigoso. Seu racismo visível, homofobia e decisões destrutivas terão um impacto devastador no futuro do nosso planeta. Em nome da nossa cidade, obrigado @AMNH por cancelar este evento“, escreveu o prefeito.

Na segunda, o museu anunciou o cancelamento do evento.

Com respeito mútuo pelo trabalho e objetivos de nossas organizações individuais, nós decidimos conjuntamente que o Museu não é o melhor lugar para o jantar de gala da Câmara de Comércio Brasil-EUA“, afirmou a direção da instituição pelo Twitter.

O museu ainda disse que “esse tradicional evento acontecerá em outro lugar na mesma data e horário“. Em uma publicação em português, o AMNH afirma “que não convidou o Presidente Bolsonaro; ele foi convidado como parte de um evento externo“.

Dias antes, o Museu de História Natural havia considerado a possibilidade de cancelar o evento, dizendo que estão “muito preocupados com os atuais objetivos políticos na atual administração brasileira“.

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Drauzio Varella: Quem aplaudiu massacre do Carandiru hoje cobra fim da violência

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Drauzio Varella massacre do Carandiru fim da violência pcc crime organizado
Massacre do Carandiru (Imagem: Canal ciências criminais)

Drauzio Varella, em seu blog

Veja o mal que a estupidez e a burrice são capazes de causar.

Na manhã do dia 2 de outubro de 1992, dei uma aula sobre aids para um grupo de travestis presas na Casa de Detenção – o Carandiru.

No meio da explicação, entrou o diretor do presídio, doutor Ismael Pedrosa, que me convidou para um café na sala dele. Foi o que fiz ao redor do meio-dia, quando a aula terminou.

Na conversa, ele tirou do armário uma teresa, corda improvisada com tiras de cobertor enroladas em fios de arame, descoberta na cela de um ladrão de banco que pretendia galgar a muralha, em busca da liberdade.

Quando dei por conta, conversávamos havia mais de uma hora. Levantei para me despedir:

Já é tarde, estou atrasado e empatando o senhor, aqui.

Que nada, respondeu ele. É sexta-feira, dia de faxina nas celas para receber as visitas no fim de semana. É o dia mais tranquilo: ninguém mata, ninguém morre.

No fim da tarde, só acreditei que a rebelião de que falavam era mesmo na Casa de Detenção, quando liguei a televisão e reconheci o Pavilhão Nove no meio da fumaça.

Foram mortos 111 detentos, o maior massacre já ocorrido numa prisão brasileira.

Não havia justificativa para aquele morticínio. Quando começou a confusão, os rebelados se apressaram em expulsar os funcionários de plantão, decisão temerária tomada por presos inexperientes, como eram os do Nove, pavilhão que alojava os mais jovens, encarcerados pela primeira vez.

Homens com muitos anos de cadeia estão cansados de saber que manter reféns numa hora dessas, é providência primordial para impedir a entrada das forças de repressão, que colocarão em risco a integridade física dos rebelados.

Sem reféns no interior do pavilhão convulsionado, o doutor Pedrosa propôs às autoridades reunidas na sala da diretoria, enfrentar a situação da forma convencional, tantas vezes empregada pelos funcionários da Detenção: cortar luz, água, comida e voltar na manhã seguinte para negociar.

Homem destemido, acostumado a andar sozinho pela cadeia inteira, foi para o portão que dava acesso ao pátio do Nove, na tentativa de evitar o pior. Mas, assim que o portão foi aberto, ficou espremido entre ele e a parede, quase esmagado pelo tropel dos policiais que invadiram com os cachorros e as metralhadoras. Deu no que deu.

A culpa caiu nas costas do coronel que comandou a operação.

Leia também: As sete maiores vergonhas do Brasil em todos os tempos

Quem conhece um mínimo da hierarquia militar, no entanto, sabe que um coronel jamais daria uma ordem como “dominar a rebelião a qualquer preço” na véspera de um dia de eleições, sem consultar seus superiores. O nome desses criminosos, ele levou para o túmulo.

Ao contrário da repercussão negativa na imprensa brasileira e internacional, muita gente apoiou o massacre. Houve até quem lamentasse a timidez da repressão. O próprio coronel se elegeu deputado estadual duas vezes, com dezenas de milhares de votos, exibindo o número 111 na propaganda eleitoral.

Quais foram as consequências dessa estupidez coletiva?

O nascimento do Primeiro Comando da Capital, organização que comanda com mão de ferro o crime organizado na maior parte do país.

Qual a relação entre o surgimento do PCC e o massacre do Carandiru?

Basta ler o estatuto da fundação do partido que teria vindo para “combater a repressão dentro do sistema prisional paulista” e “vingar a morte dos 111 no massacre do Carandiru”.

Não conheci um carcereiro sequer que tenha trabalhado numa cadeia sem facções de criminosos. O trabalho era evitar que alguma delas fosse capaz de eliminar as demais, para assumir o comando. O massacre subverteu a disciplina nos presídios e afrouxou perigosamente o controle do Estado.

Hoje o PCC está presente nos 27 estados da Federação, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Argentina, Peru e tenta dominar as rotas de tráfico de cocaína dos países andinos para a Europa e a África.

Não tivessem os governantes dado a ordem para a PM invadir o Pavilhão Nove naquele 2 de outubro, é provável que não existissem quadrilhas com milhares de membros, como as atuais. Os inconsequentes que aplaudiram o massacre, agora cobram medidas enérgicas para acabar com a violência urbana.

Lamento dizer-lhes que o crime organizado foi longe demais. Não está mais ao alcance das mordidas dos cachorros nem dos disparos das metralhadoras. O combate agora exige inteligência, preparo técnico e intelectual, qualidades raras nos governantes de hoje.

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O Brasil está histérico e o STF reagiu tarde ao estado de exceção

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Brasil histérico STF reagiu estado de exceção
Dias Toffoli, presidente do STF e Alexandre de Moraes, ministro do STF (Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom | ABr)

Eduardo Maretti, RBA

A crise envolvendo Supremo Tribunal Federal, Ministério Público Federal, Polícia Federal, imprensa e militares lembra uma frase de Shakespeare: “algo cheio de som e de fúria que nada significa”. A associação é feita pelo jurista e constitucionalista Pedro Serrano.

Ele sintetiza a situação da seguinte maneira: primeiro, houve um vazamento irresponsável de informação por parte de autoridades desconhecidas; depois, abordagem leviana sobre essa informação (em matérias dos veículos Crusoé e O Antagonista); a seguir, atos do ministro Alexandre de Moraes, do STF, dando seguimento a inquérito aberto “de ofício” por Dias Toffoli, presidente da Corte.

Pela manhã, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão determinados pelo ministro Alexandre de Moraes mirando suspeitos de espalhar fake news contra membros do STF.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, arquivou o inquérito no âmbito da PGR. Segundo ela, “o ordenamento jurídico vigente não prevê a hipótese de o mesmo juiz que entende que um fato é criminoso determinar a instauração de investigação e designar o responsável por essa investigação”.

Por sua vez, Moraes rejeitou qualquer possibilidade de arquivar o inquérito no tribunal e Toffoli autorizou a prorrogação do prazo do processo por mais 90 dias.

Na opinião de Serrano, existe “uma histeria em torno de um fato que nada significa”. “É uma imensa histeria. O país está histérico. Há um exagero na matéria (publicada pelos sites) em relação ao que o documento informa. Ele não informa nada.” Apesar da leviandade da matéria, para Serrano, a proibição da reportagem pelo ministro do STF configura censura, e portanto é inconstitucional.

Para o advogado e ex-deputado federal Wadih Damous, a questão da censura é flagrante. “Não sei se já podemos falar em crise, mas estamos a caminho de uma. O que acho é que o Supremo acordou tarde no enfrentamento ao estado de exceção. Permitiu que a Lava Jato se transformasse num Estado policial, um Estado dentro do Estado, se curvou diante de Curitiba, e agora o enfrenta com as mesmas armas de arbítrio desse estado de exceção.”

Segundo a publicação “censurada”, Marcelo Odebrecht se dirige por e-mail a dois executivos, em 2007, perguntando: “Afinal, vocês fecharam com o amigo do amigo de meu pai?” (em suposta referência a Toffoli, na época advogado-geral da União).

O documento apenas diz que o advogado de uma empresa entrou em contato com um advogado do Estado, o que é muito comum no cotidiano. O advogado-geral da União está lá para atender advogados de empresas, é pago para isso, não tem nada de irregular. A matéria fugiu do mero jornalismo.” Marcelo Odebrecht não mencionou no documento divulgado qualquer ato que pudesse caracterizar corrupção, opina Serrano.

A matéria incorre em um problema ético-jornalístico, mas não jurídico. Trata-se de um fato corriqueiro.” Além de tudo, aponta Serrano, foi um erro político do Supremo. “Acabou dando uma dimensão que o fato não teria.”

Damous diz que considera os dois sites envolvidos na polêmica “execráveis, mas, reitero, o que o Supremo está fazendo é censura”. Para ele, o enfrentamento ao Estado de exceção não deve ser conduzido com os mesmos instrumentos com que a Lava Jato combate a corrupção.

Formalmente, defende, não cabe ao juiz (no caso, Toffoli) agir de ofício, abrindo inquérito sem qualquer provocação. “Ele nomeou o relator (Moraes) e o relator está fazendo o que bem entende. Por mais que esse enfrentamento tenha que se dar, não pode ser da maneira que criticamos ao longo de todos esses anos.”

Nesta terça-feira (16), o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, também se manifestou no sentido de que houve censura na decisão de Alexandre de Moraes ao retirar as publicações do ar.

Para Serrano, parcelas da mídia, do Judiciário e do MP têm contribuído para essa histeria que ameaça a própria democracia. “Tem que se entender que isso vai liquidar com a democracia, vai acabar levando a um processo totalitário no país. As pessoas não estão tendo equilíbrio e moderação”, diz o jurista.

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O caos que impera no Brasil não é acaso, é projeto

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caos impera Brasil não é acaso projeto governo bolsonaro
Jair Messias Bolsonaro e Dias Toffoli (Imagem: Marcos Corrêa | PR)

Sérgio Guedes Reis*, Jornal GGN

O conflito pesado, mas subterrâneo no interior do núcleo das principais instituições públicas do Brasil finalmente transbordou e se tornou guerra aberta. As entranhas do sistema estão agora expostas, e agora permitem mesmo aos olhos mais míopes ver o tamanho da crise política pela qual passa o país.

Na superfície, a briga entre STF, PGR e parte da imprensa desnuda o perigo da censura, indício clássico do fechamento dos regimes. Mas ela também mostra que atores do STF “piscaram”, como nos filmes de bang-bang. Parece que alguns deles finalmente perceberam que não ficarão para o final da festa.

Afinal, desde 2016 as facções saborearam e deglutiram todas juntas com extrema volúpia os quitutes que conseguiram amealhar – às expensas da Constituição. Quantas vezes nós ouvimos até há pouco tempo atrás, dos mesmos atores que agora se digladiam a céu aberto, que “as instituições estão funcionando”?

Saiba mais: O que sobrou do Brasil após o golpe de 2016?

O quão herético era questionar determinados métodos de combate à corrupção em 2015, quando então se dizia que o país estava sendo “passado a limpo”?

Mas o projeto que venceu em 2018 – e que só pôde fazê-lo em virtude de 2016 – ambiciona um horizonte de eventos próprio, no qual nada que soar institucional e democrático poderá lhe escapar.

É um projeto que ocupa as ruas para esvaziá-las, que nomeia quadros para Ministérios para des-institucionalizá-los, que formula leis para desconstitucionalizar a Constituição, que promete a “ponta da praia” para seus adversários.

Há segmentos que se aliaram a esse projeto há um bom tempo, seja por convicção, por aliança tática ou mesmo por omissão. Alertados de que o seguido rompimento das leis como instrumento para causas maiores era uma espécie de buraco negro insaciável, deram de ombros. O importante era tirar “sabe-se quem” do poder. O pensamento utilitário é central para explicar a forma de raciocínio dessa gente.

Em algum momento chegaríamos ao dia em que quem se regozijou pela suspensão arbitrária dos direitos dos adversários padeceria do mesmo achaque. É difícil acreditar que os freios que não foram postos no passado serão, dessa vez, colocados. Como na tira de Laerte, o pequeno cão agressivo, depois de solto, retorna contra seu dono como um imenso predador voraz.

A questão é que dentro das elites dirigentes não houve – e não há – qualquer modalidade de competição valorativa substancial. Em seu esforço por reassumir o poder, que vozes liberais no topo puseram a mão no ombro dos seus pares e disseram: “ei, calma aí, não vamos por aí, não”? Quem, dirigindo as instituições republicanas, clamou: “isso está fora da lei”, ou “você chama isso aqui de evidência? Daqui por diante não vou”. Onde esteve nosso Marechal Lott?

A competição, para relembrar Wanderley Guilherme dos Santos, parece ser realmente sobre “quem dará o golpe”. Tanto em 1962 como em 2019, a fresta de luz democrática parece cada vez mais ofuscada. Lá, como cá, parece não haver muita preocupação com esse porvir. Juscelino é favorito nas próximas eleições, e Lacerda governa a Guanabara pensando em voos mais altos.

A derrocada das democracias no mundo de hoje não depende mais da súbita presença de tanques de guerra nas ruas – ainda que, ao final do processo, eles possam aparecer. O desgaste é lento, a gestação é longa, a (des)obra depende da remoção diária de um, ou dois tijolinhos. Mas, no fim, o bebê de Rosemary é o mesmo.

Quem dá a cara a esse projeto soa como um grande arlequim para muitos. E talvez o seja, mesmo. Mas o projeto não precisa ser sofisticado ou erudito para ser bem-sucedido. E, em miúdos, ele pode ser bem eficaz, mesmo. Depende de enquadrar o Congresso e o STF. Para emparedar o primeiro, a receita passa pelo fantasma da Lava Jato. Rodrigo Maia já sentiu e percebeu isso. Para dominar o segundo, é válido ameaçá-lo, via Senado, com CPIs (como a da “Lava Toga”), com aberturas de processos de Impeachment e emendas voltadas a “acelerar” a aposentadoria de Ministros.

Enquanto joga uma instituição contra a outra e aguarda a oportunidade de nomear seus pit-bulls para o Supremo, tenta manter a chama acesa de sua claque – atacando figuras as quais, sabemos, foram fundamentais para dar sustentação institucional a esse projeto. Quanto mais crise, mais desconfiança. Quanto mais desconfiança, mais apelo à ordem.

De todo modo, alguns perguntariam: mas e a economia? Já caiu por dois meses seguidos, um resultado que nem os mais pessimistas poderiam prever, dado o banho de expectativas positivas apontado nas pesquisas pós-eleitorais. E ainda poderá piorar muito. Há quem possa transformar essa crise em oportunidade.

A “piscada” de Toffoli, Moraes e outros é aquela que se espera de quem dispõe de munição e se encontra sob ameaça real de perda de posição. Foi o mesmo tipo de “piscada” dada pela Lava Jato ao ver seu prestígio abalroado em virtude do escândalo da criação da fundação privada pra gerir a indenização da Petrobras – a “piscada”, no caso, foi prender o Temer, basicamente com fulcro em delações de 2017 (!). São bons exemplos de reações de elites que sentem o risco de se verem alijadas do butim e que, ao resistirem, se comportam de forma idêntica aos grupos que as pressionam. Nesse contexto, não há muito risco de as instituições darem certo. A corrida ao colapso ocorre a todo o vapor.

Meu ponto, parafraseando Darcy Ribeiro, é que o caos não é acaso, é projeto. É paradigma de gestão. E enquanto a oposição não entender isso, irá continuar a dançar o baile da morte, em meio aos convescotes regados a muita lacração. Sem formar uma coalizão que tenha no centro a defesa da Constituição, naufragaremos.

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*Sergio Guedes Reis é Mestre em Ciências Sociais pela University of California, Los Angeles (UCLA), Mestre em Políticas Públicas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo (USP).

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Governo oferece R$ 40 milhões a cada deputado e CCJ aprova reforma da Previdência

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reforma da previdência aprovada CCJ
(Reprodução)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (23), a reforma da Previdência do governo Bolsonaro. Com isso, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma passará a uma comissão especial, onde será analisado o conteúdo do projeto.

A sessão desta terça-feira (23) foi marcada por tentativas de obstrução por parte da oposição, mas o sucesso da votação foi encaminhado após o relator da PEC na CCJ, deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), ter acatado um acordo costurado desde semana passada com o Centrão e retirado de seu relatório os quatro pontos que o bloco — formado por PP, PR, DEM, PRB e Solidariedade — havia exigido ver fora do texto.

Entre outras tentativas de barrar os trabalhos, a oposição alegou, sem sucesso, que não se poderia seguir com a tramitação devido ao sigilo imposto pelo governo no detalhamento das contas que deram embasamento para a formulação da PEC.

Com quase sete horas de sessão, o painel eletrônico de votação desligou, o que forçou a comissão a votar de forma “manual” (com os deputados sendo chamados um a um a anunciar o voto ao microfone) os dois últimos requerimentos de obstrução, o que ajudou a atrasar ainda mais os trabalhos.

Mais cedo, logo no início da sessão, por volta das 15h, os oposicionistas afirmaram terem recolhido 103 assinaturas para tentar suspender a votação da PEC em 20 dias. O requerimento já havia sido negado mas, à noite, Felipe Francischini (PSL-PR) fez uma nova intervenção para informar ao colegiado que haviam sido registradas apenas 99 assinaturas, o que provocou mais protestos da oposição e também de deputados favoráveis à reforma, que consideraram que a fala de Francischini foi desnecessária e atrasou ainda mais os trabalhos.

A líder da minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), havia alegado que o governo feriu o artigo 113 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição, que determina explicitar todo impacto financeiro de proposta legislativa. Ela destacou que é possível, quando isso é desrespeitado, que um quinto dos parlamentares suspendam a tramitação.

R$ 40 milhões

Líderes de cinco partidos governistas (DEM, PP, PSD, PR, PRB e Solidariedade) confirmaram que o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), ofereceu destinar um extra de R$ 40 milhões em emendas parlamentares até 2022 a cada deputado federal que votar a favor da reforma da Previdência no plenário da Câmara.

A proposta foi feita na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na semana passada. A estratégia de Onyx representa um acréscimo de 65% no valor que cada deputado pode manejar no Orçamento federal de 2019 para obras e investimentos de infraestrutura em seus redutos eleitorais. Hoje, os congressistas têm direito a R$ 15,4 milhões em emendas parlamentares.

O extra viria de rubricas de fora do volume reservado para as emendas, mas, segundo os deputados, o ministro não entrou em detalhes sobre a fonte.

Uma das principais promessas de campanha de Jair Bolsonaro foi colocar um fim no chamado “toma lá dá cá”, que é a antiga prática de governos obterem apoio no Congresso em troca de cargos federais, verbas do Orçamento ou outras benesses da máquina pública.

Veja como votou cada deputado na CCJ:

(A favor da reforma da Previdência — 48 votos)
Bia Kicis (PSL-DF) Sim
Caroline de Toni (PSL-SC) Sim
Daniel Freitas (PSL-SC) Sim
Delegado Marcelo (PSL-MG) Sim
Delegado Waldir (PSL-GO) Sim
FelipeFrancischini (PSL-PR) Sim
Nicoletti (PSL-RR) Sim
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) Sim
Beto Rosado (PP-RN) Sim
Hiran Gonçalves (PP-RR) Sim
Marcelo Aro (PP-MG) Sim
Margarete Coelho (PP-PI) Sim
Darci de Matos (PSD-SC) Sim
Deleg. Éder Mauro (PSD-PA) Sim
Edilazio Junior (PSD-MA) Sim
Fábio Trad (PSD-MS) Sim
Stephanes Junior (PSD-PR) Sim
Arthur O. Maia (DEM-BA) Sim
Bilac Pinto (DEM-MG) Sim
Geninho Zuliani (DEM-SP) Sim
Paulo Azi (DEM-BA) Sim
Alceu Moreira (MDB-RS) Sim
Celso Maldaner (MDB-SC) Sim
Herculano Passos (MDB-SP) Sim
Márcio Biolchi (MDB-RS) Sim
Gelson Azevedo (PR-RJ) Sim
Giovani Cherini (PR-RS) Sim
Marcelo Ramos (PR-AM) Sim
Sergio Toledo (PR-AL) Sim
João Campos (PRB-GO) Sim
João Roma (PRB-BA) Sim
Lafayette Andrada (PRB-MG) Sim
Luizão Goulart (PRB-PR) Sim
Eduardo Cury (PSDB-SP) Sim
Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) Sim
Samuel Moreira (PSDB-SP) Sim
Shéridan (PSDB-RR) Sim
Paulo Martins (PSC-PR) Sim
Maurício Dziedrick (PTB-RS) Sim
Diego Garcia (PODE-PR) Sim
Léo Moraes (PODE-RO) Sim
Genecias Noronha (SOLIDARIEDADE-CE) Sim
Augusto Coutinho (SOLIDARIEDADE-PE) Sim
Luis Tibé (AVANTE-MG) Sim
Rubens Bueno (CIDADANIA-PR) Sim
Pastor Eurico (PATRI-PE) Sim
Enrico Misasi (PV-SP) Sim
Gilson Marques (NOVO-SC) Sim

(Contra a reforma da Previdência — 18 votos)
Afonso Motta (PDT-RS) Não
Eduardo Bismarck (PDT-CE) Não
Gil Cutrim (PDT-MA) Não
SubtenenteGonzaga (PDT-MG) Não
Renildo Calheiros (PCdoB-PE) Não
Clarissa Garotinho (PROS-RJ) Não
Alencar S. Braga (PT-SP) Não
Joenia Wapichana (REDE-RR) Não
José Guimarães (PT-CE) Não
Maria do Rosário (PT-RS) Não
Nelson Pellegrino (PT-BA) Não
Patrus Ananias (PT-MG) Não
Paulo Teixeira (PT-SP) Não
Danilo Cabral (PSB-PE) Não
João H. Campos (PSB-PE) Não
Júlio Delgado (PSB-MG) Não
Luiz Flávio Gomes (PSB-SP) Não
Talíria Petrone (PSOL-RJ) Não

Comissão Especial

Depois de ter sido aprovada na CCJ, uma comissão especial será aberta para analisar o teor da proposta de reforma da Previdência. A previsão é que isso aconteça já nesta quinta-feira (25).

A comissão especial terá 40 sessões para analisar o mérito da proposta. A apresentação de emendas deve ser feita nas dez primeiras reuniões do colegiado.

Caso seja aprovada pela comissão, segue para o plenário da Câmara, onde precisa ser aprovada em duas votações com o aval de três quintos dos 513 deputados em votação nominal, o equivalente a 308 votos. Depois, a proposta ainda segue para o Senado.

com informações do Congresso em Foco

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